quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Há alguns anos atrás eu era um espermatozóide e vivia dentro de um saco. Eu era também um óvulo. Era duas partes dentro de dois seres diferentes.

Aí um dia os dois seres se uniram e eu virei uma coisinha só e passei a viver dentro de um só ser. Esse ser chama-se mamãe.

Lá eu cresci e vivi por um tempo, depois de 9 meses eu fui colocada pra fora. Também, já era hora de sair e conhecer outros mundos.

Não me lembro, mas imagino que seja um tanto quanto dolorido nascer, imagino porque eu quase morri quando fiz o caminho de saída.

Já tem bastante tempo que isso aconteceu, já fazem 26 anos.

E é estranho como o tempo passa rápido.

Eu ainda tenho a maioria dos cabelos pretos, porém alguns cabelinhos brancos já têm salpicado minha cabeça.

Eu já uso creme para retardar o aparecimento de rugas e linhas de expressão, porém é inevitável, um dia elas irão surgir.

É inevitável fugir do tempo, aliás, é impossível.

É impossível correr de algo que está à frente.

Ele sempre chegará primeiro. Mas isso não é triste não.

É simples. É nascer...viver...e morrer.

Acontece com todo mundo.

Um comentário:

  1. Acredita que ultimamente estou pensando muito nisso!? O tempo está passando, e eu ficando assustada. Não faltam tantos anos pra chegar nos 30, quanto faltavam quando tinha apenas 10. E pensar no futuro assusta, pensar no que você vai fazer assusta. E estou com medo, principalmente na vida após a universidade, sabe, foram muitos anos como estudante, nem imagino como é 'não ser' estudante, é assustador só de imaginar. Tenho medo de ficar sozinha, e ao mesmo tempo não me vejo em relacionamentos, o lance de estar casada, ter filhos, ter uma rotina é assustador pra mim, é algo muito pequeno perto do que desejo, mesmo nem sabendo exatamente o que desejo. É, viver é complicado.

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